Felipe Sodré M. Barros finished reading Latim em pó by Caetano W. Galindo
Latim em pó by Caetano W. Galindo
O idioma que usamos todos os dias é aqui explicado por Caetano W. Galindo, um dos maiores tradutores do país, …
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O idioma que usamos todos os dias é aqui explicado por Caetano W. Galindo, um dos maiores tradutores do país, …
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O que teria de tão fascinante um livro de narra tão objetivamente o que o título antecipa, se não a controvérsia de nossa sociedade: uma injustiça está por ser feita, todos sabem, poucos tomam ação para evitar-la e acabam se contentando com a culpa.
Que livro! Na minha opinião é o melhor da Carla Madeira.
É leve, rápido, nos deixa curioso, intrigado e inspirados com algumas grandes frases, como: “a felicidade é a ausência da irreversibilidade “ (ou algo assim)…
É sobre tantas coisas que ainda fico sem saber se me perguntarem “sobre o que trata o livro?”.
Comecei a ler achando que ia encontrar um livro de terror (preconceito com a editora Dark Side, talvez).
Logo no início da leitura entendi que o livro se trata sobre a indústria funerária.
Mas ao terminar-lo vejo que a autora vai além ao propor uma revisão do como apresentamos, falamos e enfrentamos a morte. Isso trazendo alguns dados e estudos interessantes. E, claro um certo humor e muita empatia.
Com grande gênio e inteligência, Carla Madeira, nos presenteia mais um livro muito bem escrito. Duas historias, a princípio, sem conexão se tornam, ao longo do livro, um cebra-cabeça sendo armado.
Com capítulos, a princípio, aleatorios, apresenta a história de Vendina, contada de forma crescente, enquanto o de Custódia, decrescente.
A numeração dos capítulos parecem sem ordem. Ainda que não tenha encontrado nada na internet suspeito que o livro possa ser lido de forma sequencial considerando o número dos capítulos. E, de ser assim, a história é contada primeira a partir de Custódia e depois de Vendina. Apenas uma suspeita minha.
Conta a história sob o ponto de vista populacional.
Explora bastante o processo de transição demográfica, origens e consequências…
Como professor de Geografia e Geopolítica, me chamou a atenção a algumas relação que ainda não havia pensado, como a relação entre o dinâmica populacional na Europa e sua relação com o processo de colonização.
Vale frisar: é sempre bom ter um pensamento crítico, não determinista.
E se soubéssemos o contexto de formulação, descoberta e discussão dos principais paradigmas e formulações matemáticas e físicas de nossa era?
Se percebêssemos que os gênios que as conceberam são são tão humanos quanto nós, mas que fossem capaz de chegar à lucidez de compreensão da realidade em momentos extremos, de epifania, alucinação?
Em “Quando deixamos de entender o mundo” a vida de tais gênios é transformado em um thriller tão absurdo quanto factível, permitindo-nos questionar nossas crenças baseadas na alucinações alheias.
Um alívio saber se tratar de um livro de ficção, mas angustiante imaginar que provavelmente muito do narrado realmente aconteceu.
De uma lado uma família moderna, onde a mulher bem sucedida e é a provedora do lar, do outro lado uma babá em condições modernas de trabalho análogo a escravidão.
O sequestro de uma criança expõe os podres e valores questionáveis de nossa sociedade.
Talvez seja um bom livro para um público ao qual eu não me identifico.
Com uma narrativa diferente do costume, o livro me fez sentir na pele das várias pessoas pretas que tem em seu cotidiano o caminhar beirando o abismo característico de um país racista.