Back

commented on Agnotology by Robert N. Proctor

Robert N. Proctor, Londa Schiebinger: Agnotology (Paperback, Stanford University Press) No rating

What don't we know, and why don't we know it? What keeps ignorance alive, or …

PART II Lost Knowledge, Lost Worlds

CHAPTER 6 - West Indian Abortifacients and the Making of Ignorance (Londa Schiebinger)

Este capítulo discorre novamente sobre um assunto atinente às mulheres, mas é bem mais direto ao ponto em relação ao capítulo anterior. Trata-se do conhecimento de plantas abortivas. Enquanto ervas medicinais que combatem a Malária eram levadas para Europa, juntamente com seu conhecimento medicinal, o mesmo não ocorria com a Peacock Flower (Poinciana pulcherrima ou Caesalpinia pulcherrima). Ela era até transportada e plantada com vistas a seu efeito decorativo, nada mais. É citado o exemplo de outra planta abortiva conhecida como Pennyroyal. Logo me lembrei na música "Pennyroyal Tea" do Nirvana, que se inspirou nela.

Em suma, depreende-se que essa ignorância seletiva tinha e tem como objetivo o controle social, na forma de manter sempre um Exército industrial de reserva – Wikipédia, a enciclopédia livre.

AGNOTOLOGIC FISSURES

Neste título, a autora questiona o que teria impedido de o conhecimento sobre as plantas abortivas chegar à Europa. Sugere que, no período Colonial, a maioria dos escravos eram homem e a maioria dos administradores das colônias e naturalistas também. Além disso, desenvolver drogas para o controle de fertilidade ia diretamente contra os interesses mercantis. Na Europa, a abundância populacional servia não somente para a produção de grãos e bens, mas também para reserva do exército, sem contar o pagamento substancial de impostos pelos trabalhadores.

Terminei o capítulo 6. No final dele, fala sobre o conhecimento sobre parto que foi perdido, com a transição das doulas / parteiras para os médicos obstetras. Também narra os relatos de Humboldt, que descobriu que os "ameríndios" usavam plantas abortivas que era, inclusive, seguras. Mas por motivos (entre eles, morais) decidir não disseminar as informações na Europa.