Sai a culpa e entra a implicação. (...) Esse é um artifício para entender por que nos ocupamos tanto de pequenos escorregões de linguagem, chamados "atos falhos", de palavras que interrompem contrariando o que "queríamos dizer", ou por sonhos, nos quais nos apresentamos descontrolados, exercendo papéis e lugares de fala nos quais usualmente não nos reconhecemos. (...) Isso que está sendo dito mais além ou mais aquém do que o outro quer dizer é o que se poderia chamar de "inconsciente".
— O Palhaço e o Psicanalista - Como escutar os outros pode transformar vidas by Christian Dunker e Claudio Thebas (Page 39 - 40)
Quando sai aquele olhar de culpa de quem escuta, o analisante sente conforto em continuar e o que fica é uma escuta implicada, atenta que não deixa passar nada.