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diegopds

diegopds@bolha.review

Joined 5 months, 2 weeks ago

Leio "de tudo". Sempre gostei de ficção científica e distopias, mas atualmente estou com um "bloqueio" para ficção em geral.

Tenho me debruçado mais em livros de não-ficção. Os assuntos que me despertam maior interesse no momento são as críticas e exposições sobre os problemas na sociedade contemporânea.

Isso abrange: modo de produção, obsolescência programada, questões climáticas, superficialidade, promoção da ignorância (agnotologia) entre outros.

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2024 Reading Goal

40% complete! diegopds has read 4 of 10 books.

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quoted Realismo Capitalista by Mark Fisher

Mark Fisher: Realismo Capitalista (Paperback, Portuguese language, Autonomia Literária) 3 stars

Tradução em português do livro Capitalist Realism, de autor Mark Fisher, pela editora Autonomia Literária.

(...) o transtorno bipolar é a patologia mental própria ao “interior” do capitalismo. Com seus incessáveis ciclos de auge e depressão, o capitalismo é, em si, fundamental e irredutivelmente bipolar, oscilando entre a excitação maníaca incontrolada (a exuberância irracional das “bolhas”) e quedas depressivas (o termo “depressão econômica” não é à toa).

Realismo Capitalista by 

@sol2070@velhaestante.com.br Ótima resenha! Livro com temática bem relevante na atualidade. Também li a entrevista do blog, obrigado por transcrevê-la.

gosto de histórias de distopias catastróficas justamente porque abrem os olhos para o presente — sem isso, não teremos a menor chance. O desconforto, ou até angústia, fazem parte. Parece-me um negacionismo sutil querer evitar o desagradável.

Concordo. Um amigo, depois assistir alguns episódios de Black Mirror, veio me dizer que a série o fazia ficar "pensando" (nesse sentido desagradável, ele queria dizer). Na ocasião, não quis confrontá-lo. Mas é isso: qualquer coisa que provoca reflexão ou mudança causa esse atrito.

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Quando uma crise ambiental e econômica leva ao caos social, nem mesmo os bairros murados …

Ficção climática presciente de 30 anos atrás

5 stars

(original, com reprodução de entrevista → sol2070.in/2024/09/livro-parabola-do-semeador-entrevista-octavia-butler/ )

"A Parábola do Semeador" ("Parable of The Sower", 1993) talvez seja o livro mais admirado da estadunidense Octavia Butler. Além dos prêmios que recebeu há 30 anos, voltou a ser muito lido recentemente por ser, além de um ótimo romance, um dos mais vívidos retratos da catástrofe climática — boa parte da história se passa entre 2024 e 2027.

Apesar de não ser leitura fácil, está entre as melhores distopias que já li. O horror dos primeiros anos de um colapso social total devido à emergência climática e ao sistema econômico é chocante a ponto de precisar baixar o livro e respirar de tempos em tempos. Ouvi gente dizendo que não suportou e largou.

É uma predição assustadoramente plausível do que pode acontecer, incluindo até a volta da escravização — a culminação da atual piora constante das condições de trabalho apontaria para …

commented on Montenegro by Fernando Morais

Fernando Morais: Montenegro (Paperback, Português language, 2006, Planeta) No rating

Nesta incrível reportagem biográfica, Fernando Morais - o aclamado autor de 'Olga' e 'Chatô' - …

"Eu gosto muito de ler biografias... A última que eu li... De biografia...? Puxa vida, eu tenho uma péssima memória...". :-)

Para o #QuartaCapa de hoje, minha indicação é Montenegro: mais uma biografia escrita por Fernando Morais (e também acho que daria um belo filme). Casimiro Montenegro Filho foi o patrono da Engenharia Aeronáutica da Força Aérea Brasileira, criador do ITA, CTA e pioneiro do Correio Aéreo Nacional. Ou seja, criou o embrião do que viria a se tornar a EMBRAER.

O livro é uma pequena amostra do potencial do Brasil e do que poderia se tornar se o País tivesse um projeto. À época, ao invés de aceitar aviões de graça dos EUA, Montenegro e sua equipe preferiram desenvolver sua própria tecnologia, contratando grandes mentes mundo afora. Ao construir o CTA, fez um concurso para eleger o melhor projeto arquitetônico, não importanto o posicionamento ideológico de quem o …

commented on Agnotology by Robert N. Proctor

Robert N. Proctor, Londa Schiebinger: Agnotology (Paperback, Stanford University Press) No rating

What don't we know, and why don't we know it? What keeps ignorance alive, or …

2024-08-31

PART III Theorizing Ignorance

CHAPTER 9 Social Theories of Ignorance MICHAEL J. SMITHSON

A CONFUSION OF DEFINITIONS AND TERMINOLOGY

Inicialmente, expõe a distinção mais popular da ignorância: ignorância consciente (saber que não sabemos); meta-ignorância (não saber que não sabemos).

Depois, sugere quatro critérios para os tipos de ignorância (cf. p. 211 e 212).

A ignorância, assim como o conhecimento é socialmente construída. Um entendimento em profundidade de como é construída requer atenção de quatro pontos: 1) quais alegações são feitas; 2) como essas alegações correspondem aos aspectos de conhecimento e ignorância; 3) como as partes interessadas usam e respondem às alegações sobre ignorância; e 4) quais as consequências dessas alegações sobre ignorância na interação social?

CULTURAL SOURCES

Machado de Assis: Sobre a imortalidade de Rui de Leão (EBook, Português language, 2018, Plutão Livros) No rating

Quem quer viver para sempre?

Publicados pela primeira vez em 1872 e 1882, respectivamente, Rui …

"O" conto de ficção científica de Machado de Assis

No rating

Uma coletânea com duas versões de um conto tido como ficção científica: "Rui de Leão" e "O imortal". Gosto do autor e quis matar a curiosidade. Nos elementos de FC, é bem fraco, mas com certeza vale a leitura. No segundo, há uma narrativa de seu filho, com algumas interrupções dos ouvintes. Achei bem interessante ainda que, em alguns pontos, o excesso de nomes mencionados traga uma certa confusão.

A mensagem que captei foi a da temperança

Conta também com um prefácio de Roberto de Sousa Causo.

Curiosidade: peguei este e-book emprestado, de forma legal, na BibliON, Biblioteca Digital do Governo do Estado de São Paulo.

Jean Baudrillard: Simulacros e simulação (Paperback, Português language, 1991, Relógio d'Água) No rating

Simulacros e Simulação, escrito em 1981, mantém-se como um dos mais inovadores livros de Jean …

O poder pode encarnar a sua própria morte para reencontrar um vislumbre de existência e de legitimidade. Foi o caso dos presidentes americanos: os Kennedy morriam por terem ainda uma dimensão política. Os outros, Johnson, Nixon, Ford, não tiveram direito senão a atentados fantoches, a assassínios simulados. Mas faltava-lhes apesar de tudo essa aura de manequins de poder. O rei tinha de morrer outrora (o deus também), residia aí o seu poder. Hoje esforça-se miseravelmente por fingir morrer, a fim de preservar a graça do poder. Mas esta está perdida.

Simulacros e simulação by  (Page 29)

Fiz a anotação abaixo em 2022, salvo engano. E com o esquisitíssimo episódio envolvendo Donald Trump, ocorrido em 13 de julho de 2024, não há como não lembrar desta passagem do livro. E não refiro aqui à veracidade ou não do evento, mas sim ao seu valor simbólico.

Aqui, o autor faz um comparativo entre as mortes (reais) dos Kennedy e os atentados (assassinatos simulados, nas palavras de Baudrillard) de Nixon, por exemplo. Alega que o poder tem de encarnar sua morte para reencontrar sua legitimidade. É necessário fazer maiores pesquisas quanto aos fatos mais antigos e aos mais recentes, mas não há como não lembrar de Tancredo Neves, Marielle Franco e o atual presidente Jair Bolsonaro. Também leva a pensar na narrativa religiosa: o deus-filho que morre e ressuscita.

Também me fez lembrar do conceito de Hiper-realidade, tratada no livro e também muito abordada por Bruno Torturra, do Estúdio …